Elaboração de um Planeamento Financeiro: O Caminho para o Sucesso Empresarial - Parte 3 (Mapa de Tesouraria)
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Como vimos no anterior artigo o controlo rigoroso de receitas e despesas é um pilar fundamental para a saúde financeira de uma empresa, que é também um dos principais desafios enfrentados pelas empresas é a gestão eficiente do seu fluxo de caixa.
Deste modo, para garantir a saúde financeira e a sustentabilidade do negócio, é essencial construir um mapa de tesouraria. Esta ferramenta fornece uma visão clara e atualizada das entradas e saídas de dinheiro, permitindo uma gestão financeira proativa e informada.
Neste artigo, explorarei a importância da construção de um mapa de tesouraria e apresentarei os passos fundamentais para criá-lo.
- Identificação das fontes de receitas:
O primeiro passo para construir um mapa de tesouraria é identificar e listar todas as fontes de receitas da empresa:
- Vendas de produtos ou serviços a pronto pagamento;
- Recebimentos de clientes, consoante a data de liquidação da fatura;
- Investimentos (cash in);
- Empréstimos (desembolsos de mútuos ou de linhas de apoio à tesouraria em revolving);
- Outras entradas financeiras, nomeadamente, outros rendimentos, quer operacionais (descontos de pronto pagamento a fornecedores, rappel), quer extraordinários (vendas de ativos não afetos à produção, indemnizações).
- Registo de despesas fixas e variáveis:
- As despesas fixas são aquelas que ocorrem regularmente e têm um valor constante, como salários e outros gastos com RH (TSU, subsídio de almoço) e muitos dos FSE (rendas, seguros e despesas administrativas);
- As despesas variáveis são aquelas que variam de acordo com a atividade da empresa, como as matérias-primas (CMVMC), outros custos de produção (produtos intermédios, , marketing etc. O registo detalhado de todas as despesas é essencial para uma visão abrangente do fluxo de caixa.
Ou seja, com estes dois registos determina-se os fluxos de caixa, identificando os fluxos financeiros (caixa ou equivalentes de caixa) gerados ou consumidos pelas atividades das empresas (atividades operacionais, de investimento e de
financiamento). Isto é, importa ter permanentemente atualizada a demonstração dos fluxos de caixa.
- Fluxos das atividades operacionais: fluxos resultantes das operações habituais da empresa, bem como das atividades que não sejam as de investimento ou de financiamento; incluem, entre outros, os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores e ao pessoal. Neste ciclo, espera-se que os recebimentos sejam superiores ao pagamentos, ou seja, que liberte fluxos de caixa positivos.
- Fluxos das atividades de investimento: fluxos relacionados com a aquisição e alienação de ativos a longo prazo e outros investimentos que não sejam considerados equivalentes de caixa; incluem, designadamente, os fluxos relacionados com a compra e venda de ativos não correntes, tais como ativos fixos tangíveis, ativos intangíveis, propriedades de investimento e investimentos financeiros, bem como os fluxos por rendimentos derivados da detenção das referidas participações (como juros e dividendos). Neste ciclo, espera-se que os recebimentos sejam inferiores aos pagamentos, ou seja, que apresente fluxos de caixa negativos.
- Fluxos das atividades de financiamento: fluxos das atividades que têm como consequência alterações no capital próprio e nos financiamentos obtidos pela empresa; incluem, a título de exemplo, os fluxos provenientes de financiamentos obtidos, amortizações de capital e os custos relacionados com estes, bem como os fluxos provenientes de realizações e reduções de capital e outros instrumentos de capital próprio e o pagamento de dividendos aos sócios ou acionistas. Neste caso, não é possível definir, à partida, um fluxo de caixa esperado positivo ou negativo, dependendo se a empresa está num período de contração ou de reembolso de financiamentos.
- Projeção de receitas e despesas futuras:
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| Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais - Fornecedores (CMVMC e FSE) |
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| Mapa Previsional de Tesouraria |
A partir do mapa previsoonal de tesouraria passa a ser possível determinar as disponibilidades de tesouraria, que denunciam a existência de superavites de tesouraria ou necessidades de financiamento [em artigo posterior será abordada com maior a questão da tesouraria líquida]:
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| Cálculo das necessidades de financiamento de CP |
- Monitorização do saldo de tesouraria:
- Tomada de decisões financeiras informadas:
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