Bancos continuam a aumentar a margem financeira no crédito a particulares
A análise das tendências recentes nas taxas de juros dos depósitos a prazo e dos empréstimos oferece uma visão interessante sobre a dinâmica financeira dos bancos. Os dados indicam que as taxas de juro médias dos novos depósitos a prazo para particulares têm vindo a diminuir, antecipando a evebtual descida das taxas de juro de referência por parte do BCE, mas o mesmo não está a contecer com as taxas de juro ativas dos empréstimos (ex-crédito à habitação).
Em março, a taxa média de juros para novos depósitos a prazo caiu para 2,78%, seguindo uma tendência de redução das taxas nos meses anteriores.
As taxas de juros passivas mais baixas nos depósitos são uma vantagem para os bancos do ponto de vista da redução de custos de captação de recursos, pois ao remunerarem menos pelos depósitos, os bancos melhoraram a sua margem financeira.
Taxa de juro dos novos depósitos a prazo de particulares | Países da área do euro
Em contraposição, as taxas médias para novas operações de empréstimos ao consumo mantiveram-se elevadas: 9,54% em março. Da mesma forma, as taxas para empréstimos para outros fins também mostraram um ligeiro aumento para 5,05%.
Essa discrepância entre as taxas de juros pagas sobre depósitos e as taxas cobradas sobre empréstimos sugere que os bancos continuam a aumentar as suas margens de lucro. Além disso, a predominância de depósitos com prazos até um ano, representando 96% do total, limita o risco de taxa de juro dos bancos, dado que podem ajustar as taxas de depósito mais rapidamente em resposta às mudanças nas condições do mercado.
Em conclusão, a atual estrutura de taxas de juro em depósitos e empréstimos a particulares sugere a manutenção de uma estratégia deliberada por parte dos bancos para maximizar as margens.
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